Latinautas

Projeto da America para as Americas, uma viagem em busca da identidade, e todas as formas de resistencia e revolucao da sociedade latina

segunda-feira, novembro 20, 2006

Dia 20/11/06 - San Cristobal de Las Casas - Revolução Mexicana

San Cristobal de Las Casas - 20/11/06

Acordamos e fomos ao Zócalo da Cidade. Estava tendo uma festa da Revolução Mexicana. Crianças desfilando, projetos escolares e muitos representantes governamentais presentes na comemoração.
Parecia que não passaria de um dia festivo qualquer.
Fomos almoçar, e quando voltavamos vimos uma marcha de trabalhadores do campo e cidade em direção ao centro.
Acompanhamos e fotografamos diversas pichações a favor de Oaxaca e do movimento zapatista. Palavras de ordem eram gritadas por mulheres e crianças, que reivindicavam a saída de Ulisses Ruiz do governo do Estado oaxaquenho. O dia da Revolução aqui em San Cristobal está marcado pela luta de um "governo justo, campesino e popular ".

Foto: Expressão do povo Mexicano.
"Os muros também falam". (Eduardo Galeano)

Dia 19/11/06 - Península de Yucatán - Saída de Cancun à San Cristobal

Península de Yucatán - 19/11/06

Saímos de Cancún às 07 horas da manhã, com destino à San Cristobal de Las Casas. 1000km de viagem, onde cruzariamos a Peninsula de Yucatán em 14 horas. Nosso destino é Guatemala, e por isso temos que voltar ao sul do México para podermos cruzar a fronteira. Os zapatistas iriam fechar todas as estradas do México por diversos fatores. Comemoração do aniversário da Revolução Mexicana, repúdio à intervenção militar em Oaxaca, e uma chamada a base popular insurgente. Ficamos preocupados de não conseguirmos chegar no destino a tempo e pegarmos as estradas já fechadas. Mas tudo deu certo e chegamos em San Cristobal às 21:30. Nos hospedamos no mesmo lugar que ficamos no mês passado.
Foto: Sentido San Cristóbal

Dia 18/11/06 - Cancun - Visita à praia


Cancun - 18/11/06
Somente hoje tivemos tempo de ir visitar a praia de Cancun. Nem parecia que estavamos no México, uma gigantesca zona hoteleira, qual possui quase toda parte dos acessos à praia, mas conseguimos uma brechinha.
Uma praia maravilhosa com a cor de água indefinível, a areia cheia de pedras salinas. Nadamos, lemos, conversamos e descansamos muito. Fomos embora quando começaram a formar nuvens de chuva. Mas tivemos um imprevisto, a chave da trava do volante do carro ficou na areia, mas Pedro e Thiago voltaram conseguiram achar. De noite ligamos para nossas famílias e ficamos horas e horas contando nossas aventuras, e eles preocupados. Demoraremos a chegar no Brasil, mas este trabalho que estamos fazendo mudará nossas vidas.

Foto: Vista da praia.

Dia 17/11/06 - Cuba - Volta ao Continente


Cuba - 17/11/06


Saímos de Cuba às 12:40 com destino à Cancun. Fomos ao aeroporto às 9:30 pois nos disseram que teríamos que estar 3 horas antes. Não tivemos nenhum problema e fizemos uma viagem bem mais tranquila comparada a ida à Cuba. Chegamos cedo em Cancun, e pudemos nos hospedar e reorganizar nossas coisas com calma. Ligamos para nossos familiares, pois passamos mais de duas semanas em Cuba sem dar notícias.



Foto: Avião da Companhia Aérea Cubana.

Dia 16/11/06 - Cuba - Andanças, Nosso Último Dia

Cuba - 16/11/06
Talvez por ser último dia ficou tudo tão apressado. Voltamos à Casa das Américas para terminarmos a entrevista com Zurbano. Felizmente deu tudo certo. Fomos à Embaixada brasileira para nos despedirmos do José Leite, e entrevista-lo. Infelizmente não estava, e não sabiamos se voltaria.
Com a União dos Jóvens Comunistas foi tranquilo. Conseguimos entrevistar Rolando Yero.
Fomos jantar na casa dos nossos pais. Encomendaram um bolo para nós, com os dizeres "Brasil, Felicidades". Rimos bastante e nos divertimos. Uma verdadeira família. Deixa-los não foi nada fácil, e eles estarão nos nosso corações. Com eles aprendemos o verdadeiro valor do socialismo.
Segue para todos a nossa sobremesa predileta em Cuba, o flan que a Maritza nos passou a receita:
3 ovos
1 lata de leite condensado vazia (somente como medida) de leite em pó
1 lata de leite condensado vazia (somente como medida) de açucar
1 lata e 1/2 de água
1 pitada de baunilha
1 pitada de sal
Tudo batido no liquidificador
Põe açucar queimado nas latas (caramelo)
Forno em banho maria
Ta pronto o flan cubano
Foto: Nós com nossos pais

Dia 15/11/06 - Cuba - Entrevistas

Cuba - 15/11/06
Acordamos cedo. Tinhamos uma entrevista marcada para as 9 horas com Roberto Zurbano, Diretor do Fundo Editorial da Casa das Américas. Instituição cubana que tem como objetivo investigar, preservar e reproduzir em livros todas as diversas culturas que a América Latina e o Caribe possuem. Conversamos bastante, uma grande troca cultural. Trocamos e-mails e contatos para mantermos um relacionamento forte quando chegarmos ao Brasil.
Pela tarde fomos à União dos Jovens Comunistas para entrevistar Rolando Yero, que faz parte do boureau ideológico. Tivemos problemas pois Cuba esta com uma grande campanha contra a dengue, e teriam que detetizar o local. Ficou marcado para o próximo dia.
Quando estavamos revendo a entrevista com Zurbano, percebemos que houve um problema no audio e tivemos que marcar para o próximo dia uma nova entrevista com algumas perguntas que tiveram problemas no som.

Dias 13 e 14/11/06 - Cuba - Dias de Cama

Cuba - 13 e 14/11/06
Thiago e a Ligia passaram dois dias de cama. Não tinham conseguido melhorar e ficaram debilitados fisicamente. No dia 13, Thiago cuidou da Ligia, e no dia 14 ela cuidou dele. A Milena e o Pedro viram o filme Alien, e também visitaram o cemitério de Havana.
Mais uma vez digo a todos: NÃO VÃO AO RESTAURANTE COCCINITO!!!

Dia 12/11/06 - Cuba - Grande Show

Cuba - 12/11/06
Fomos almoçar mais um dia na casa dos nossos pais adotivos. Ficamos conversando e nos indicaram um show que iria ocorrer no Teatro de Havana. Não sabiamos direito que tipo de música era, mas mesmo assim fomos. Sem ingressos na mão conseguimos entrada pelos camarins e logo tinhamos nossas cadeiras. Um show de ótima qualidade, ótima música e uma grande variação de sons. Um pianista, um baixista, um saxofonista e um baterista fazem o núcleo da banda. Não cantam, apenas tocam seus instrumentos. Lembra um pouco o trabalho realizado por Frank Zappa. Pagamos menos de 1 real para entrar. Talvez este seja o maior ponto positivo da Revolução Cubana, o alto acesso a todas as formas de cultura. Cinema, teatro, ballet, tudo por preços acessiveis à toda população.

Foto: Apresentação no Teatro de Havana

Dia 11/11/06 - Cuba - Problemas com a Comida

Cuba - 11/11/06

Thiago, Ligia, e o Pedro, acordaram todos os 3 com diarréia. MALDITA CARNE DE PORCO! A Milena era a única que estava bem. Mesmo assim fomos caminhar e parecia que estavamos melhor. Passamos o dia tentando entrar em contato com as pessoas para entrevistarmos. Nada deu certo neste dia.

Dia 10/11/06 - Cuba - Copélia

Cuba - 10/11/06
Fomos almoçar no restaurante Coccinito, na rua 23. Um aviso para todos que um dia pensam em ir a Cuba. NÃO VÃO A ESTE RESTAURANTE.
Pedimos arroz e feijão e carne de porco, pois era a única que tinha.
A Milena foi a única que não comeu carne.
Uma comida horrível!
Em compensação fomos ao Copélia, uma sorveteria de dois andares. Comemos muito, era a primeira coisa do dia que tinha um gosto bom. Voltamos para nosso alojamento. A Milena e o Pedro foram ver um filme holandes. Os cinemas são muito baratos. Gastaram de entrada 50 centavos de real. A Ligia não estava passando bem, não sabia o que era e preferimos descansar.
Dormimos aparente bem...
Foto: Pedro após ter comido 20 bolas de sorvete

09/11/06 - Cuba - Roberto Retamar

Cuba - 09/11/06
Hoje acordamos tarde. Fomos almoçar na casa dos nossos pais, Maritza e Fidel. Ficamos um tempo e nos dividimos. A Milena e o Pedro foram buscar o passaporte na embaixada mexicana, enquanto o Thiago e a Ligia foram à Casa das Américas procurar pelo Roberto Retamar, presidente da instituição. Infelizmente, Retamar estava na Feira do Livro em Caracas, Venezuela. Conversaram com Blanquita, sua secretária. Foi muito simpática, lhes disse quando regressaria de viagem e passou a eles o telefone para entrarmos em contato. Com a Milena deu tudo certo. Pegaram o visto e voltaram para casa. Jantamos com nossos pais e fomos para nossa nova hospedagem

08/11/06 - Cuba - Embaixada Mexicana

Cuba - 08/11/06
Fomos à Embaixada Mexicana pois precisavamos de um novo visto para o México, pois o nosso ja estava vencido. Foi tudo tranquilo, conseguimos o visto às 12 horas e deveriamos retirar o passaporte às 16:00. Almoçamos e, Thiago e a Ligia ficaram esperando. Conseguiram retirar somente os deles. Não os deixaram retirar o passaporte da Milena, tendo que voltar no dia seguinte.

Dia 07/11/06 - Cuba - Entrevista com Timossi

Cuba - 07/11/06
Acordamos cedo, pois tinhamos entrevista com Jorge Timossi marcada às 9 horas. Caminhamos por mais de 40 minutos e chegamos no instituto cubano do livro. Argentino, nasceu em 1936 em Buenos Aires, é hoje cidadão cubano.
Tem uma forte ligação com todos os países oprimidos e explorados e podemos conceitua-lo como um jornalista internacionalista.
Contou sua história, de como saiu da Argentina e suas diversas viajens como correspondente. Chegou a trabalhar no Brasil em 1959.
Nos falou que Cuba é o único país realmente revolucionário, e o que foi conquistado não será alterado.
Ficamos pouco tempo, pois tinhamos que estar de volta à imigração às 13:00. Voltamos correndo para darmos o comprovante de pagamento ao Sr. Julio Cesar e nos livrarmos de uma vez por todas dele.
Mas aconteceu o contrário, nos disse que teríamos que estar dormindo fora todas as noites, que não poderiamos mais dormir na casa do Fidel e da Maritza e que deveriamos voltar todos os dias para entrega-lo o comprovante de pagamento. Começou uma nova inquisição, queria saber o que tinhamos feito no México, perguntou se fomos para Chiapas e se tivemos alguma ajuda por lá. Desconfiava que eramos da CIA ou do FBI. Não acreditava que 4 brasileiros, com uma situação financeira limitada, do terceiro mundo, estavam realizando uma viagem pelo nosso continente. Nos falou para voltarmos às 19:00 com o comprovante do dia de hoje, e manteve nossos vistos em suas mãos. Estavamos já a dois dias ilegais em Cuba.
Fomos à casa da Maritza e ligamos para o vice-cônsul, José Leite. Ficou indignado com a situação, e nos disse que iria junto para averiguar qual era a intenção do Julio Cesar.
Às 18:30, José Leite nos buscou e fomos à imigração. Ligou para um amigo do partido comunista cubano que lhe passou algumas informações.
Logo chegou Julio Cesar e os dois conversaram a sós. No final, voltariamos no dia seguinte para pegarmos nossos vistos e não seriamos mais incomodados.
Agradecemos ao José por ter nos ajudado, chegou a oferecer sua casa para ficarmos uns dias. Disse que conversaria com seus amigos para encontrar uma hospedagem barata e nos falariamos no dia sehuinte.
Fomos dormir mais tranquilos

Foto: Nós e Jorge Timossi

Dias 06/11/06 - Cuba - Problemas com a Imigração

Cuba - 06/11/06
Em Cuba é proibido estrangeiros se hospedarem em casas que não possuem autorização do governo, e para ter esta autorização paga-se aproximadamente 150,00 dólares por quarto disponíveis para alugar.
Não sabíamos disso, eram nossos amigos, e por isso acreditávamos que poderiamos nos hopedar na casa do Fidel e da Maritza.
A imigração estava às 8 horas da manhã batendo na nossa porta, pois tinham recebido uma denúncia de 4 brasileiros estarem cometendo um crime em território cubano, hospedarem-se sem autorização. Recebemos uma intimação para nos apresentarmos na imigração cubana às 14:00 para nos interrogarem.
Fomos à Embaixada brasileira pedir ajuda neste problema. O Vice-Cônsul, José Leite de Assis Fonseca, nos atendeu muito bem. Conversamos, contamos nossa situação e não mediu esforços para tentar resolver o mais rápido possível o que estava acontecendo. Redigiu uma carta, explicando à imigração do nosso desconhecimento da questão de hospedagem, que não pagavamos para estarmos lá, que a família é nossa amiga, e que qualquer questão sobre os 4 brasileiros, deveria ser chamado o Consulado para serem tomadas as medidas necessárias.
Agradecemos e fomos à imigração. Logo foram pedindo nossos passaportes, vistos e do porquê estávamos em Cuba. Apresentamos a carta do Consulado e a conversa amenizou. O soldado que fazia as perguntas iniciais ligou para seu chefe pois com a presença do Consulado brasileiro, qualquer atitude tomada contra nós poderia gera um problema internacional. Em 5 minutos, o comandante da imigração, Julio Cesar, aparece e passa a ser o inquisitor. Nos desqualificou de todas as maneiras possíveis, e nos tratou como criminosos e delinquentes. Falou que deveríamos dormir numa casa autorizada e levar no dia seguinte o comprovante de pagamento. Discutimos muito, falavamos que não tinhamos dinheiro para hospedagem. Respondeu que se não tinhamos dinheiro era para voltarmos de onde tinhamos saido, nos chamando de loucos por estarmos viajando sem dinheiro. Argumentamos que Che e Fidel também eram dois loucos sem dinheiro. Somente riu. Não acreditávamos que isto poderia estar acontecendo em Cuba.
Foi sem dúvida o pior dia da viagem. Começamos a questionar se a ilha era realmente socialista.

Dia 05/11/06 - Cuba - Havana Vieja

Cuba - 05/11/06
Acordamos e fomos passear com nossos pais adotivos cubanos. Nos levaram para conhecer a Velha Havana, e foram nos ensinando e mostrando o que era cada canto da cidade, suas histórias e significados sociais. Aproveitamos para comprar algumas coisas para o almoço. Passamos a tarde conversando e conseguimos entrar em contato com Jorge Timossi, vice-presidente do Instituto do Livro de Cuba, e nos foi indicado pelo Eduardo Carvalho nosso companheiro que é nossa estrutura no Brasil e nos tem ajudado e acreditado no nosso projeto.

Dia 04/11/06 - Cuba - Trocas no Mercado

Cuba - 04/11/06
A Ligia, a Milena e o Pedro voltaram ao mercado e levaram alguns produtos para trocar. Sabonentes, shampoo, camisetas, tudo que é caro e limitado em Cuba. Trocaram fácil por correntes, anéis, placas, canecas e diversos outros produtos artesanais. Voltaram com uma sacola cheia.
Thiago ficou lendo, "A história me absolverá" de Fidel Castro, em espanhol. Diz ele que: "Entender não foi nada fácil, mas aos poucos este idioma torna-se o nosso oficial. Um ótimo livro para entender como foi a autodefesa do líder revolucionário ao ser capturado após a tomada do quartel Moncada. E também, nos passa didaticamente todas as características de governos despóticos, nos levando a crer que são poucos os países no mundo que podem ser considerados democráticos."

Dia 03/11/06 - Cuba - Mercado de Artesanato

Cuba - 03/11/06
Passeamos pela cidade de Havana, por suas praças revolucionárias, igrejas, catedral, Capitolium e um grande mercado de artesanato. Tudo muito barato, e compramos algumas lembranças. Talvez já tenhamos uma mala só de recordações e presentes aos nossos amigos e familiares que estão no Brasil. Ficamos de voltar no dia seguinte para negociarmos alguns produtos. Andamos muito, e estavamos muito cansados. Paramos para comer. Pedimos uma pizza, e um refrigerante e logo, estavam a Milena, o Pedro, e a Ligia dormindo na mesa. Andamos mais um pouco e voltamos para casa do Fidel.

Dia 02/11/06 - Cuba - Impacto Cultural

Cuba - 02/11/06
Acordamos tarde, dormimos muito. O fuso horário nos deixou confusos, e cansados. Por volta das 12 horas fomos, junto com nosso anfitrião e amigo Fidel, às compras. Esta foi o primeiro impacto com a cidade de Havana.
Primeiro de tudo; tudo é estatal. Não há grandes mercados, e para conseguirmos comprar mantimentos tivemos que percorrer diversas quadras e diversas mercearias, pois cada qual tem sua "especialidade". A primeira impressão foi de pobreza, de sujeira, e de um caos social.
Demoramos uns 4 dias para começarmos a mudar essa imagem.
Fidel e Maritza dois amores de pessoas, e cozinheiros de mão cheia.
Nos trataram como filhos, dividiram sua casa, sua comida e nos defenderam nos momentos difíceis.
Fizeram um almoço que foi uma das melhores coisas desta nossa viagem que já dura 2 meses. Cada um recebeu um prato com sua comida preferida. Já estavamos nos sentindo em casa.
Conhecemos todo o Malecon, parte do litoral de Havana e também o forte da cidade.
Foto: Malecon de Havana

Dia 01/11/06 - Cuba - Turbulência......

Cuba - 01/11/06
Talvez para muitos o título possa parecer o que ocorreu em Cuba, mas restringimos esta palavra somente para o voo de Cancun à Havana. Fomos cedo ao aeroporto, tinhamos que fazer o check-in e despacharmos as bagagens.
Fomos à Aerolinea Cubana, apresentamos os passaportes, vistos e...
... nos disseram que teriamos que pagar uma taxa de saída terrestre do México, sendo que estavamos saindo de avião, e nos falaram para irmos à imigração resolver este problema.
O rapaz que nos atendeu disse que teriamos que voltar ao centro da cidade e pagarmos num banco esta taxa.
Como bons brasileiros, ficamos mais de 30 minutos argumentando do porquê desta taxa, que não poderiam nos cobrar algo que não estavamos fazendo.
No final nos concedeu a saída e pudemos ir para sala de embarque.
Turbulência passamos no voô. Um avião antigo, ucraniano, e pequeno. Digo isto pelo fato de Cuba receber um bloqueio econômico que o impede de comercializar qualquer produto que tenha peças dos Estados Unidos. Como todos os aviões são montados por peças norteamericanas, os aviões cubanos são verdadeiros 14-Bis, que foram comprados da extinta União Soviética.
Muita chuva, céu escuro, ventos e turbulência. O resultado era previsto. O Pedro, que não gosta de altura ficou com dor de cabeça, nos olhos e ficou nervoso, e a Ligia sofreu um pouco e teve que deixar o café da manhã no chão do avião...
Quando o avião pousou foi um alívio, enfim estávamos na ilha de Cuba
Fomos de táxi à casa de nossos amigos, Fidel e Maritza, onde ficariamos hospedados até nossa saída, dia 17. Chegamos, nos acomodamos, e saímos para comer algo.

Foto: Avião da Aerolinea Cubana

Dias 30 e 31/10/06 - Cancun - Preparativos para Cuba

Cancun - 30 e 31/10/06
Antes de chegar em Cancun, tivemos que pagar $185,00 pesos mexicanos de pedágio, aproximadamente 35 reais.
Seguimos porque não havia muita escolha.
Tentamos achar a hospedagem mais barata, e barato por lá é um termo complicado. Depois de nos instalarmos já fomos a procura de passagens economicas para Cuba.
Dia seguinte estavamos com as mesmas na mão, Cancun - Havana, dia 01 de novembro de 2006, às 14:20 Voô 153, aerolinea Cubana.
Pela noite fomos ao mercado, compramos algumas comidas instantaneas para levarmos à Cuba. Não tinhamos idéia do que encontrariamos na ilha.

Foto: Placa indicando o caminho de Cancun